Comprovadamente, há pelo menos seis mil anos, seres humanos vivem no entorno das Cataratas do Iguaçu, que atualmente marcam a fronteira entre Brasil e Argentina.
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A confirmação consta de um trabalho realizado por pesquisadores da Universidade Nacional de La Plata (UNLP) e do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet), ambos da Argentina.
As pesquisas, lideradas pelo arqueólogo Eduardo Apolinaire, começaram em 2019, no Parque Nacional Iguazú, lado argentino das Cataratas.

Em 2023, a equipe liderada por Apolinaire publicou estudo relatando as primeiras descobertas (clique aqui para ter acesso à pesquisa, em espanhol). Nesta semana, a imprensa argentina atualizou alguns dos dados obtidos pelos pesquisadores.
No total, os investigadores recolheram objetos e fizeram datações em nove sítios arqueológicos nas Cataratas do Iguaçu. Os locais incluíram a ilha San Martín e pontos entre o Circuito Inferior e o cais conhecido como Puerto Macuco.

Passado das Cataratas do Iguaçu
Datações realizadas com carbono 14 mostram que os vestígios mais antigos, como restos de fogueiras e ferramentas de pedras, datam de seis mil anos atrás. “Tivemos a sorte de recuperar restos de carvão muito antigos”, revelou Apolinaire ao diário Perfil.
Por outro lado, objetos mais elaborados, como flechas e cerâmica, datam de um período de quatro mil a dois mil anos no passado das Cataratas do Iguaçu.
Os habitantes mais antigos, conforme as pesquisas, praticavam o estilo de vida nômade, associado aos grupos de caçadores-coletores. Posteriormente, povos da cultura guarani, que já dominavam a agricultura, ocupariam a região.
Notícias sobre o passado das Cataratas do Iguaçu, habitualmente, despertam curiosidade nos leitores. Em 2022, o portal H2FOZ trouxe matéria sobre algumas das descobertas da equipe de Apolinaire. Para relembrar o conteúdo publicado na ocasião, clique aqui.