A Polícia Federal (PF) investiga fraudes contra a Caixa Econômica Federal, em que o crime é cometido com o uso de biometria fake, manipulada. A operação foi denominada Chave Mestra.
A Justiça Federal em Foz do Iguaçu emitiu mandado de busca e apreensão, que está sendo cumprido pelos federais em Londrina (PR), cidade na Região Norte. A apuração começou a partir de comunicado da própria instituição financeira.
A Caixa relatou à PF que, da parte de um de seus clientes, houve “diversas transações não reconhecidas realizadas em sua conta corrente e conta poupança”. Os indícios foram confirmados preliminarmente em auditoria do banco.
Foram constatados elementos de fraude na validação biométrica digital e facial dos acessos realizados, informou a Polícia Federal. Isso teria possibilitado ao suspeito vincular suas próprias impressões digitais e imagem facial ao cadastro da vítima e fazer saques e movimentações.
Caso seja confirmado o crime, poderá ser tipificado como furto qualificado mediante fraude, com pena prevista de reclusão, de dois a oito anos, além de multa, em caso de condenação, segundo a PF.
“As investigações prosseguem com o objetivo de identificar todos os envolvidos e delimitar a extensão dos danos causados”, reforçou a instituição policial.
Fraude contra a Caixa
Chave Mestra, o nome da operação, expressa o método utilizado, já que a biometria deveria funcionar com chave de segurança única e intransferível para o acesso à conta. Porém, ela foi manipulada.
“Ao cadastrar seu próprio rosto e digitais em nome da vítima, ele criou uma espécie de ‘chave mestra’, capaz de burlar o sistema”, explicou a Polícia Federal. Assim, passou a ter “acesso irrestrito aos recursos de outra pessoa, como se fosse o titular legítimo”.